sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Aprender a viver

Sinto que não importa aonde vá, não chego a lugar algum. No fundo não importa mesmo aonde eu vá, não sei aonde quero chegar, afinal.

Não sei se quero chegar a algum lugar, talvez para mim a graça da vida esteja realmente em vagar, percorrer os caminhos, observar as paisagens, ouvir os sons que me envolvem e simplesmente viver, amar, ser.

Nunca entendi o trabalho, a escola, muito menos o ato de estudar. Sou a favor de uma escola sem estudo, não pensem mal de mim, não é uma questão de preguiça, ou de irresponsabilidade, apenas não acredito que o estudo como existe seja a melhor forma de aprender, de entender.
Horas a fio debruçado sobre livros infindáveis, fórmulas mirabolantes, datas, cálculos... aonde me levaram estas horas? Desculpem a sinceridade, mas a NADA produtivo. Faço questão de esquecer.

Penso que não deveriam existir aulas de física, aulas de química, aulas de história, e tantas subdivisões com as quais convivemos grande parte da vida, sem nem ao menos saber seu motivo.
Ao invés de uma hora aula de matemática, cheia de fórmulas e conceitos, por que não uma aula de "apreciação da matemática", aonde aprenderíamos não a matemática, a qual não se prova de grande valia no dia a dia da maioria das pessoas, mas observaríamos o desenvolvimento do pensamento matemático e sua evolução pela história, o desenvolvimento do raciocínio lógico, este sim de grande valia no viver?

Horas a fio jogado na cama, pensando, amando, ouvindo música, apenas analisando as coisas ao meu redor, sem preocupação alguma... essas sim, essas não consigo esquecer, pois foram as horas que formaram a pessoa que sou, e a cabeça que tenho. Talvez seja minha mente um tanto deturpada da realidade aonde estou inserido, ou talvez seja a realidade em que estou inserido um viver torpe, uma escola da vida, aonde a única coisa que se aprende, é como "não viver".



Sinto-me perdido, sem rumo. Sinto-me vazio, de saco cheio.

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