quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Verde, azul, cor de mel.

E ele caminhava pelas ruas vazias daquela enorme cidade cardíaca. Tanto sangue ali derramado o assustava, mal sabia ele quantas batalhas haviam sido travadas.

O suor lhe escorria a face, quente, ignorando o cortar gélido do incessante vento que assombrava aquela aconchegante cidadezinha. Havia, porém, uma casa dentre todas, uma bela mansão, por onde o vento não ousava passar, desviando seu curso de forma abrupta. A passos curiosos moveu-se, buscando descobrir afinal o que poupava aquele imóvel, dentre todos os daquele vilarejo, de sofrer nas mãos do frio.

Seus pés manchados de sangue estranhamente não sujavam o chão em lugares onde ja não houvesse outrora o rubro líquido, e mesmo um tanto confuso, caminhou decididademente por aquele beco estreito.

Chegara à porta da mansão.

Hesitou por alguns instantes. Olhou para trás, e pôde ver apenas as paredes de um cubículo, no qual se encontrava. Paredes, teto, chão, todos pulsavam, e fechavam-se aos poucos, forçando-o a abrir aquela única porta a sua frente.

Girou lentamente a maçaneta e, olhos fechados, atravessou aquele portal. Sentiu um calor inexplicável, aconchegante calor. Uma voz o chamava. Abriu os olhos.

Verde.

Azul.

Cor de mel.


E desapareceu, então, naquele infinito de sensações.

2 comentários:

~Lilah disse...

Eu já disse o que eu poderia dizer. Repetirei: não te conheço o suficiente pra entender toda a figurção.

Mesmo assim tá muito legal =D

ferrera disse...

carai véi!!!
ele descreveu uma das entradas da Palhoça!! =OOO
tuas expedições tão criando frutos cara.. xD